quinta-feira, 12 de dezembro de 2013

Cansada!

 

Cansada! sim cansada! cansada de sãos e nims... cansada de "depois combinamos", "hoje não dá" ou de eternos silêncios, cansada do "somos amigos", cansada dos "ah!não, não temos nada"...

cansada dos outros, cansada de mim... as vezes chego ao extremo de estar cansada de ti!

Cansada de "já falamos" ou do "depois mando mensagem", cansada do diz que diz e do julga sem conhecer.

Hoje acordei cansada... Hoje, ao cair da noite e ao nascer da madrugada, cinco meses terão passado desde o dia em que perdi o meu norte para tão perdidamente encontrar o meu horizonte, ou talvez seja mesmo o meu "desnorte" sei lá... Cansei de nunca saber como será o meu amanhã, cansei de nunca saber se estamos bem, se estamos mal ou sequer se estamos...

Exausta de ser a sombra, o erro, a pedra no sapato... estou a cobrar? sim, talvez esteja... talvez cinco meses depois já me sinta no mínimo direito de cobrar um pouco de respeito, de compreensão...

Talvez de vez em vez me sinta cansada de mendigar carinho e atenção, me sinta exausta de ser apenas a boneca simpática, amorosa, carinhosa, meiga e compreensiva, talvez também eu tenha direito a explodir de quando em vez, de sentir raiva, dor... talvez a boneca também chore, também sofra... e se chora... sozinha, perdida, vazia, chora por horas e horas a dor e a cobardia de não conseguir libertar-se de um amor que aos poucos vai a destruir, que a vai matando lentamente, não por senti-lo mas por não se retribuído.

Ah, fodam-se os "talvez", os "ses", os "porquês"... danem-se os sorrisos e palavras carinhosas quando em troca apenas se recebe criticas, vazios, silêncios, troças...

Cansei de estar a espera, de ser o porto de abrigo de um barco que não quer nem vai atracar...

Cansei de estar cansada, cansei sobretudo de praguejar, de chegar ao limite e voltar... de fechar a porta e não partir...

Cansei de escrever, escrever o desabafo desta alma perdida e saber que logo, logo é nos teus braços que caio e me perco, que é os teus olhos que vejo e volto novamente a estaca zero, a não querer ficar mas não querer partir... Logo, vou olhar para ti e nada mais fará sentido... logo saberei, que mesmo que tu nada sintas, eu vou lá estar a sentir por ambos, vou lá estar a te abraçar, para te sentir, para te acarinhar...

N
o fundo, é de mim que me canso...

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